Dr. MAURO

   O Velho Intendente 
     Partiu

       O Velho Intendente
       Partiu

       Seu
       Retrato

       Do Cine
       Floresta Velho

       Temendo a
       Antiga Lição

       A Central
       Saiu dos Trilhos

       Paulinho
       Pedra Azul

       O
       Tempo

       No
       Fundo

       Chora a Águia,
       Chora o Rio

       Emanuel,
       Habla Senhor?!

       Relendo
       Rogério Fernal

       Manoéis
       Cantores e Luas

       Adorando
       Ir para o Escuro

       O Bicho
       Homem

       O Pulo
       do Gato

       Retrato
       Desbotado

       O Golpe
       do Casamento

       O Cheiro
       da Eleição

       Festa na
       Cabana

       Ato
       Simbólico

       Para
       Ensinar Orgia

       Salgado
       Filho

       O Mestre
       de Cerimônia

       Tanque
       de Guerra

       Bem mais Forte
       que o Antraz

     CRÔNICAS


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NOSSAS VISITAS


 

 

               Dr. Mauro Pereira Cândido  

 

Do Cine Floresta Velho
 

  Ela mora na Floresta
– Sem ser bruxa ou lobo mal –
Com o passo de quem não tem pressa,
Com o não interessa da mulher ideal...
   
    Já rediscutiu Gabeira
–Num domingo de manhã –
Foi destaque lá na feira,
Vermelho balangandã...
 
  Não vai ao Santa Maria
– Porque já mora ao lado –
Estranha filosofia,
P'ra não pisar no tablado...
   
    Do Cine Floresta Velho
– Encantamento e mistério –
Fita antiga, água de cheiro,
Sorvete da rua Curvelo...
 
  A primavera passou
– Estou sem norte e sem porto –
Meu pensamento encalhou,
Na filha de Nina Soutto...
   
    Floresta bairro querido
– Flores molhadas de orvalho –
Dona Ida põe sentido,
No velho Gilberto Carvalho...
 
  Que comprou um belo livro
– Lá na Rua São Geraldo –
Sabino passou o crivo,
No tal romance encantado...
   
    Que passou para minha vida
– Algo que nunca alcancei –
Nenhuma dor na partida,
Caminho que não trilhei...
 
  No Cine Floresta Novo
– Não vi meu antigo amor –
Mirian Rossi está de novo,
Na cidade que encantou...
   
    Na Avenida do Contorno
– Cinema virou igreja –
Causando todo transtorno,
Que meu coração não almeja...
 
  Não guardei velho Samelo
– Hoje choro por tal falo –
De dor, sim, me descabelo,
Ante o antigo retrato...
   
    Da Belo Horizonte querida
– Minha terra, minha paixão –
Estou saindo d'uma vida,
Marcada pela emoção...
 
  Quando voltar à Floresta
– Vou revisar meu destino –
Rever o meu peito em festa,
Esquecer todo desatino...
   
    Do vandalismo tristonho
– Do monumento Fichado –
O tal prefeito bisonho,
Que anda de carro blindado...
 

 

ACESSO RÁPIDO


 

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