Apresentação
 

Temos a grata satisfação de lançar para os Internautas essa coletânea do belíssimo trabalho de Mauro Pereira Cândido que, com certeza, fará tanto ou mais sucesso que as publicações já impressas, onde estas mereceram a atenção do jornalista e escritor Manoel Hygino dos Santos em sua coluna no jornal Hoje em Dia, publicada em 24 de agosto de 2002 que transcrevemos na íntegra:

"Na minha correspondência, aparece “Quadro Surrealista”, o opúsculo com quadras de Mauro Pereira Cândido, que se divide (ou se multiplica) entre o Escritório de Advocacia em Contagem e a Poesia.

Mauro Pereira Cândido é personalidade rara numa vida cheia de atribulações, iniciadas com a paralisia infantil, jamais se dobrou às vicissitudes, mesmo quando perdeu a primeira esposa (Railda, sua paixão e razão maior, que lhe garantiu um legado de luz: a sua filha Natália Ludmila), mesmo quando Eloína, a segunda, também faleceu.
 

Permaneceu fiel a si mesmo, a seus desígnios, à profissão, à filha – também já diplomada na carreira do pai, a seus versos, com os quais defende os pobres no Fórum de Contagem, cidade em que reside.

O pequeno domo que ora se divulga mostra o homem Mauro de corpo inteiro, sobranceiro sobre a adversidade, confiante na justiça e no futuro da herdeira, Natália Ludmila.

Que, no entanto, não recorre ao verso em defesa de seus constituintes, como o pai cujas quadras são a arma que brande pelas melhores causas e com a qual crítica os políticos omissos no cumprimento do dever cívico, os que descumprem solenes juramentos, os que se corrompem e maculam a classe que integram.

Abandonando a bengala em que se amparou tantos anos, Mauro – sem esquecer o passado – pensa o porvir. Não se inclina ou se submete, e conta:

"Não guardo cabelos brancos, / - Os retiro um a um - / Meus retratos foram tantos, / Mas eu não guardei nenhum... "

Esse novo trabalho, certamente arrancará muitos suspiros, lembranças e reminiscências de toda uma geração que é citada com muito enlevo pelo autor.”