Dr. MAURO |
|
|
NOSSAS VISITAS |
|
|
|
|
Dr. Mauro Pereira Cândido |
|
O Nosso Adeus à
Leninha
|
A chuva fria me disse
– Que não chorava sozinha –
E que em versos, eu traduzisse,
A nossa dor por Leninha... |
|
|
|
|
O padre ficou feliz
– Ao fazer-lhe a exortação –
Mostrando sua bela raiz,
E enorme dedicação... |
|
|
Pelas coisas da família
– O seu voluntário exílio –
Seu belo exemplo de filha,
Sempre seguindo bom trilho... |
|
|
|
|
Cada vizinho que deixa
– Cada amigo de quem se separa –
Dela, não terá qualquer queixa,
Coração bom não se iguala... |
|
|
O Juca chorou calado
– Enquanto acalmava à Lucinda –
O Pingo estava prostrado,
O Queijo, mais triste ainda... |
|
|
|
|
Vi o Mazzaropi num canto
– Dando a mão ao Carioca –
Irmã da Colôla em pranto,
Também sua dor não sufoca... |
|
|
O Joãozinho Metropol
– Consolava o próprio Daltinho –
Muito queimado de sol,
Com o cabelo em desalinho... |
|
|
|
|
A Vila Edgar Werneck
– Chorou por Marilene Ferreira –
Paró, cara-de-moleque,
Tomou pinga a noite inteira... |
|
|
O Horto acordou bem cedo
– A exemplo da Vila Esplanada –
A Floresta sem segredo,
Se fez bem representada... |
|
|
|
|
Vi que todo São Geraldo
– Apareceu no Colina –
Boa Vista levou como respaldo,
A emoção de cada esquina... |
|
|
Gente de Rodrigo Silva
– Que muito amava a Leninha –
Dona Nair, mãe altiva,
Por Deus consolada caminha... |
|
|
|
|
Um político em campanha
– No enterro foi notado –
Mas, com alfinete de fronha,
É por mim alfinetado... |
|
|
Sílvia Gerkem amparada
– Pela filha não se deixou levar –
Professora afamada,
Que Leninha soube amar... |
|
|
|
|
A chuva fria me disse
– Que não chorava sozinha –
Mas, que em versos eu traduzisse,
A nossa dor por Leninha... |
|
|