Dr. MAURO

   Conversando 
     com Naná

       Conversando
       com Naná

       Mesmo que a
       Dor nos Dobre

       Jamais
       Poderia

       Sova de
       Cansanção

       Não Gaste Mal o
       seu Cobre

       Lagoinha
       de Fora

       O Mito do
       Rádio

       Tempo
       de Primavera

       Um Ano de
       Saudade

       Quando Morre um
       Velho Amigo

       Acordai por
       Um Dia

       Coisas do
       Tempo do Bonde

       Memórias do
       Horto Florestal

       O
       Defensor

       Procedimento
       Nº 11.745/02

       O Mestre da
       Gargalhada

       Repare, Perceba,
       Descubra

       Falta Alguém na
       Praça Sete

       No Cine
       São José

       O Horto Florestal
       Definha

       Envelope de
       Jornal

       Vara de
       Tóxico

       Singela
       Homenagem

       A Igreja
       da Mulata

       O Seu
       Auto-Retrato

       O Nosso Adeus
       à Leninha

       Praça
       Sete

       Saudação aos
       Radialistas

       Saudade da Gameleira
       (Sombras do Passado)

       Tirando
       da Reta

       Mil
       Segredos

       No Saguão
       dos Correios

       Tempo
       Final

       Um Laudêncio
       p'ro Itamar

     CRÔNICAS


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NOSSAS VISITAS


 

 

               Dr. Mauro Pereira Cândido  

 

Memórias do Horto Florestal

 

  Salomão e Madalena
– Fecharam o seu botequim –
Ao Horto Florestal última novena,
Tradição está no fim...
   
    Avenida Petrolina
– Progresso p'ra região –
Do velho beco do André,
Caiu o último barracão...
 
  Quem sabe o que é feito do Afonso?
– Aposentou-se ou morreu! –
Antônio Luís quase em pranto,
Mostrou o desencanto seu...
   
    Pedro Lemos sabe tudo
– Tudo que aconteceu –
Norvalino sacou faca,
Samango de medo correu...
 
  Era no tempo do bonde
– A rua Pouso Alegre pouco iluminada –
Seu Minervino hoje queria,
Que a verdadeira história fosse contada...
   
    Tinha samba na Filó
– Com a orquestra do Serrinha –
Trucada no estilo maior,
Vinte e um e ladainha...
 
  Que se conte a história antiga
– Mestre Henrique quem esqueceu? –
Do dia em que o Brigadeiro Eduardo Gomes,
No Horto Florestal apareceu...
   
    Contam que naquele dia
– Brigadeiro candidato –
Seu moço deu-se mal,
Não confiável seu Astral...
 
  Quando a banda de música udenista
– Com seu rompante estrutural –
Exigiu que o velho Mestre,
Com o Brigadeiro fosse cordial...
   
    Mestre Henrique calmamente
– Fugindo àquela apresentação –
Foi sincero e contundente,
Fechando logo a questão...
 
  Só abraço Getúlio Vargas
– De farda tenho medo não –
Não aceito vossas pragas,
Toda e qualquer repressão...
   
    Não aceito vosso retrato
– Pra rasgar e jogar no chão –
O meu respeito é um fato,
Embora Brigadeiro eu seja da oposição...
 
  Marmitas enfileiradas
– Pressão sobe, o Horto esquenta –
Muitas estórias contadas,
Houve até pedra noventa...
   
    Lá está Murilo Ferreira
– Olhos chorando emoção –
Hilda Lemos foi a primeira,
A descobrir a paixão...
 
  Pela história do Horto antigo
– Que seu Medeiros viveu –
Velho coração que deu abrigo,
Ao sonho que foi só meu...
   
    Dona Leca prestativa
– Curou o umbigo do Nem –
Dona Nega anda viva,
Na saudade de mais alguém...
 
  Nelson Crioulo acordou
– Com a serenata na rua –
Mas foi Luizão que se casou,
Com a mais bela filha sua...
   
    Vi chorar Geraldo Lemos
– Geraldo Fonseca morreu –
Velho barco perde os remos,
O Horto Florestal entristeceu...
 
  Seu Ramos partiu faz tempo
– O padre Roque engasgou –
Botão dormiu ao relento,
A tradição se acabou...
   
    A feira lá no Horto era farta
– Fechava a Silviano Brandão –
Sessenta e quatro retrata,
O fim de um geração...
 
  Seu Júlio e o Centro Operário
– Dor que Moisés sentiu –
Morreu um bairro legendário,
O Sete de Setembro faliu...
   
    Velho Horto Florestal
– Vivendo toda agonia –
De um povo que no geral,
Perdeu a própria alegria...

ACESSO RÁPIDO


 

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