Dr. MAURO |
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NOSSAS VISITAS |
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Dr. Mauro Pereira Cândido |
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Quando morre um
velho amigo
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Foi ontem Cecília
– Que um dono de bar –
Fez d'uns copos a ilha,
Pra poder chorar... |
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A rua tão vazia
– A casa toda iluminada –
Mil lembranças sorvia,
A noite uma longa estrada... |
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Não vi Maria Geralda
– Nem conversei com Atalina –
Esqueci a Antártica gelada,
E os velhos amigos de esquina... |
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Por que anda tão triste
– A rua Campos Sales –
No ar o algo mais persiste,
Tristeza em todos os lares... |
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Quando morre um amigo
– Um vazio fica no ar –
A casa não vira abrigo,
Nem a solução é o bar... |
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Morreu Chichico Trigueiro
– Deixando assim seu lugar –
Com seu amor verdadeiro,
Ele foi se encontrar... |
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Partiu o avô, o pai, o
amigo
– Um poeta em versas chorou –
Fechou o bar mais antigo,
Uma saudade restou... |
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No bairro da Gameleira
– Uma lembrança à tardinha –
Pequena casa inteira,
Sua lembrança rodinha... |
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E agora Lucrécia
– A saudade o que é –
Ilha antiga da Grécia,
Helena sem fé... |
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Dos Andes de tudo
– Acabou-se a ilusão –
Chichico está mudo,
Seu pai, sua paixão... |
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Toinzinho dizia
– E Lalute afirmou –
Algo mais que a poesia,
Foi o amor que espalhou... |
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Não vi Maria Geralda
– Nem conversei com Atalina –
Esqueci a Antártica gelada,
E os velhos amigos de esquina... |
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Da morte do antigo amor
– A extinção de uma vida –
Pois, Railda era flor,
Por muitos, muito querida... |
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Dalva a estrela que se
foi
– Minha oração lhe dou –
Onde estiver traga luz,
Aos caminhos de Nhô... |
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Ouvindo Carlos Galhardo
– Sufoquei a paixão –
Trinta e cinco anos que guardo,
Com fascinação... |
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