Dr. MAURO

   Conversando 
     com Naná

       Conversando
       com Naná

       Mesmo que a
       Dor nos Dobre

       Jamais
       Poderia

       Sova de
       Cansanção

       Não Gaste Mal o
       seu Cobre

       Lagoinha
       de Fora

       O Mito do
       Rádio

       Tempo
       de Primavera

       Um Ano de
       Saudade

       Quando Morre um
       Velho Amigo

       Acordai por
       Um Dia

       Coisas do
       Tempo do Bonde

       Memórias do
       Horto Florestal

       O
       Defensor

       Procedimento
       Nº 11.745/02

       O Mestre da
       Gargalhada

       Repare, Perceba,
       Descubra

       Falta Alguém na
       Praça Sete

       No Cine
       São José

       O Horto Florestal
       Definha

       Envelope de
       Jornal

       Vara de
       Tóxico

       Singela
       Homenagem

       A Igreja
       da Mulata

       O Seu
       Auto-Retrato

       O Nosso Adeus
       à Leninha

       Praça
       Sete

       Saudação aos
       Radialistas

       Saudade da Gameleira
       (Sombras do Passado)

       Tirando
       da Reta

       Mil
       Segredos

       No Saguão
       dos Correios

       Tempo
       Final

       Um Laudêncio
       p'ro Itamar

     CRÔNICAS


  Retornar

 

NOSSAS VISITAS


 

 

               Dr. Mauro Pereira Cândido  

 

Quando morre um velho amigo

 

  Foi ontem Cecília
– Que um dono de bar –
Fez d'uns copos a ilha,
Pra poder chorar...
   
    A rua tão vazia
– A casa toda iluminada –
Mil lembranças sorvia,
A noite uma longa estrada...
 
  Não vi Maria Geralda
– Nem conversei com Atalina –
Esqueci a Antártica gelada,
E os velhos amigos de esquina...
   
    Por que anda tão triste
– A rua Campos Sales –
No ar o algo mais persiste,
Tristeza em todos os lares...
 
  Quando morre um amigo
– Um vazio fica no ar –
A casa não vira abrigo,
Nem a solução é o bar...
   
    Morreu Chichico Trigueiro
– Deixando assim seu lugar –
Com seu amor verdadeiro,
Ele foi se encontrar...
 
  Partiu o avô, o pai, o amigo
– Um poeta em versas chorou –
Fechou o bar mais antigo,
Uma saudade restou...
   
    No bairro da Gameleira
– Uma lembrança à tardinha –
Pequena casa inteira,
Sua lembrança rodinha...
 
  E agora Lucrécia
– A saudade o que é –
Ilha antiga da Grécia,
Helena sem fé...
   
    Dos Andes de tudo
– Acabou-se a ilusão –
Chichico está mudo,
Seu pai, sua paixão...
 
  Toinzinho dizia
– E Lalute afirmou –
Algo mais que a poesia,
Foi o amor que espalhou...
   
    Não vi Maria Geralda
– Nem conversei com Atalina –
Esqueci a Antártica gelada,
E os velhos amigos de esquina...
 
  Da morte do antigo amor
– A extinção de uma vida –
Pois, Railda era flor,
Por muitos, muito querida...
   
    Dalva a estrela que se foi
– Minha oração lhe dou –
Onde estiver traga luz,
Aos caminhos de Nhô...
 
  Ouvindo Carlos Galhardo
– Sufoquei a paixão –
Trinta e cinco anos que guardo,
Com fascinação...

ACESSO RÁPIDO


 

Copyright ©2012 Edley Reis de Oliveira (31) 9663-1808