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               Adolf Hitler        

 

Regime Nazi
 

Após ter assegurado o poder político sem ter ganho o apoio da maioria dos alemães, Hitler tratou de o conseguir e na verdade, Hitler permaneceu fortemente popular até ao fim do seu regime.

Com a sua oratória e com todos os meios de comunicação alemães sob o controle do seu chefe de propaganda, o Dr. Joseph Goebbels, ele conseguiu convencer a maioria dos alemães de que ele era o salvador da Depressão, dos Comunistas, do tratado de Versalhes, e dos judeus.

Para todos aqueles que não ficaram convencidos, as SA, a SS e Gestapo (Polícia secreta do Estado) tinham mãos livres e milhares desapareceram em campos de concentração, como o Campo de Concentração de Dachau, perto de Munique, criado em 1933, o primeiro de todos e um modelo para os demais.

Muitos milhares de pessoas emigraram, incluindo cerca da metade dos Judeus, que fugiram sobretudo para a Inglaterra, Israel (na época chamada de Palestina, sob domínio Inglês) e EUA.

Na noite de 29 para 30 de Junho de 1934, a chamada "Noite das facas longas", Hitler autorizou a ação contra Röhm, o líder da SA, que acabaria por ser assassinado. Himmler tinha conspirado contra Röhm, apresentando a Hitler "provas" manipuladas de que Röhm planeava o seu assassinato.

Em 2 de Agosto de 1934, Hindenburg morre.

Hitler apodera-se do seu lugar, fundindo as funções de Presidente e de Chanceler, passando a se auto-intitular de Líder (Führer) da Alemanha e requerendo um juramento de lealdade a cada membro das forças armadas.

Esta fusão dos cargos, aprovada pelo parlamento poucas horas depois da morte de Hindenburg, foi mais tarde confirmada pela maioria de 89.9% do eleitorado no plebiscito de 19 de Agosto de 1934.

Os judeus que até então não tinham emigrado iriam em breve se arrepender da sua hesitação. Com as Leis de Nuremberg de 1935, eles perderam o seu estatuto de cidadãos alemães e foram banidos de quaisquer lugares na função pública, de exercer profissões ou de tomar parte na atividade econômica.

Foram sujeitos a uma nova e violenta onda de propagandas difamatórias. Poucos não-judeus alemães objetaram estas medidas. As Igrejas Cristãs, elas próprias impregnadas de séculos de anti-semitismo, permaneceram silenciosas. Estas restrições foram mais tarde apertadas mais estritamente, particularmente após a operação anti-semita de 1938 conhecida como Kristallnacht (Noite dos Cristais).

A segregação: Crachá imposto pelos Nazistas para identificação dos Judeus.A partir de 1941, os Judeus foram obrigados a usar a estrela amarela em público, para serem facilmente reconhecidos e considerados "inferiores". Entre Novembro de 1938 e Setembro de 1939, mais de 180.000 judeus fugiram da Alemanha.

Os Nazis confiscaram toda a propriedade que ficara para trás.

Economia

Nesta altura, sob o controle ditatorial, Hitler deu início a grandes mudanças econômicas.

Há uma certa controvérsia sobre os aspectos econômicos do governo de Hitler, pois nem todas as suas medidas foram saudáveis a médio e longo prazo. As políticas econômicas do governo de Brüning, cautelosas e fiscalistas, vinham sanando as finanças e organizando o Estado alemão nesse aspecto.

Hitler, ao contrário, pôs em prática um largo programa de intervencionismo econômico, baseado no keynesianismo, embora se distanciasse deste em muitos pontos.

O desemprego na Alemanha de 1933 era de aproximadamente 6 milhões.

Esse número diminuiu para 300.000 em 1939.

Essa diminuição fabulosa, no entanto, ocorreu por diversos motivos, como alterações estatísticas e projetos governamentais:

As mulheres deixaram de ser contadas como desempregadas a partir de 1933,
Judeus, a partir de 1935, perderam a condição de cidadãos do Reich, não contando mais como desempregados.

Mulheres jovens que se casavam eram excluídas dos cálculos.

Ao desempregado eram dadas duas opções: ou trabalhar para o governo sob baixíssimos salários ou permanecer segregado da esfera governamental, longe de todas as suas obrigações, mas também vantagens, como saúde, lazer, etc.

As convocações para o exército começaram a se acelerar.

Até 1939, 1,4 milhões de alemães haviam sido convocados.

Para armar esse contingente, a produção industrial aumentou e a procura por mão-de-obra também. Com a criação da Frente Alemã de Trabalho, dirigida por Robert Ley, que pôs em prática programas governamentais de trabalho que absorveram boa parte da mão-de-obra disponível, ora empregando-a no melhoramento da infra-estrutura do país, ora nas indústrias e na produção bélica.

Essas medidas ocorreram à custa de pesadíssimos investimentos por parte do Estado, comprometendo a longo prazo as finanças. O que se viu, em conseqüência disso, foi um déficit crescente.

De 1928 até 1939, a arrecadação do Estado havia subido de 10 bilhões de Reichsmarks para 15 bilhões, no entanto os gastos, no mesmo período, subiram de 12 bilhões de Reichsmarks para 30 bilhões.

Em 1939, o déficit acumulado era de 40 bilhões de Reichsmarks.

A inflação, nesse período, cresceu tanto que em 1936 foi decretado o congelamento de preços. O governo alemão foi incapaz de lidar com o controle de preços e sua interferência constante apenas engessou a economia e dificultou o aumento gradual e equilibrado da produção.

A partir de 1936, o dirigismo econômico passou, gradualmente, a substituir a adaptação automática da produção pelo mercado, de maneira que a regulamentação econômica passou a ser maior.

Deve-se entender, é claro, que para Hitler, que era completamente ignorante em Teoria Econômica, assunto este que o entediava profundamente, política fiscal e monetária só faziam sentido em função das necessidades de rearmamento da Alemanha e como parte de um projeto político que, a médio prazo, previa nada menos do que a hegemonia alemã na Europa continental e a colonização da Rússia, através de mecanismos de espoliação que garantiriam à Alemanha o acesso a matérias-primas a preço vil e mão-de-obra escrava.

Política

Em Março de 1935 Hitler repudiou abertamente o Tratado de Versalhes ao reintroduzir o serviço militar obrigatório na Alemanha. O seu objetivo seria construir uma enorme maquinaria militar, incluindo uma nova marinha e força aérea (a Luftwaffe). Esta última seria colocada sob o comando de Göring, um comandante veterano da Primeira Guerra Mundial. O alistamento em grandes números pareceu resolver o problema do desemprego mas também distorceu a economia.

É por esta altura, em 1936 que, nas Olimpíadas de Berlim, um
afro-americano (Jesse Owens) venceu em várias modalidades, o que contradizia na prática a propaganda à raça Ariana preconizada por Hitler para estes jogos. (Ver também História política dos Jogos Olímpicos de 1936).

Em Março de 1936 ele volta a violar o Tratado de Versalhes ao reocupar a zona desmilitarizada na Renânia (zona do Rio Reno).

Ingleses e Franceses não fizeram nada, o que o encorajou.

Em Julho de 1936, a Guerra Civil Espanhola começou, com a rebelião dos militares, liderados pelo General Francisco Franco, contra o governo democraticamente eleito da Frente Popular. Uma rebelião que contou com o apoio do Vaticano. Hitler enviou tropas em apoio de Franco. A Espanha transformou-se também num campo de teste para as novas tecnologias e métodos militares desenvolvidos na Alemanha.

Em Abril de 1937, os aviões alemães da Legião Condor bombardeiam e destroem pela primeira vez na história uma cidade a partir do ar. Foi a cidade de Guernica, na província espanhola do País Basco.

Em 25 de Outubro de 1936, Hitler assinou uma aliança com o ditador italiano fascista Benito Mussolini, o eixo Roma-Berlim. Esta aliança seria mais tarde expandida para incluir também o Japão, Hungria, Romênia e Bulgária, bloco que se tornou conhecido como as potências do eixo.

Em 5 de Novembro de 1937, na Chancelaria do Reich, Hitler presidiu a um encontro secreto onde discutiu os seus planos para adquirir o "espaço vital" ao povo alemão.

Em 12 de Março de 1938, Hitler pressionou a sua Áustria nativa à unificação com a Alemanha (o chamado "Anschluss"). Suas tropas entraram na Áustria e Hitler fez um discurso triunfal em Viena na "Heldenplatz" (Praça dos Heróis) onde foi saudado efusivamente por uma multidão de austríacos simpatizantes, muitos deles fazendo a saudação romana adotada pelos nazistas.

O próximo passo seria a intensificação da crise com a zona dos Sudetas, de língua alemã, situada na Checoslováquia. Isto levou ao acordo de Munique de Setembro de 1938 onde a Inglaterra (Chamberlain assinou o pacto, propondo ainda uma política de contenção) e a França de forma fraca deram vazão às exigências de Hitler, procurando evitar a guerra com Hitler, mas entregando-lhe a Checoslováquia.

No seguimento do acordo de Munique, Hitler foi designado como Homem do Ano de 1938.

Foi também alegado que a autora de origem judaica Gertrude Stein defendeu nesse ano a entrega do Prêmio Nobel da Paz a Hitler.

Em 10 de Março de 1939, Hitler ordenou a entrada do exército alemão em Praga.

Nesta altura, os ingleses e franceses perceberam finalmente que deveriam resistir. Resistiram às próximas exigências de Hitler, que diziam agora respeito à Polônia. Hitler pretendia o regresso dos territórios cedidos à Polônia pelo Tratado de Versalhes.

As potências ocidentais não aceitaram as exigências de Hitler, mas não conseguiram chegar a um acordo com a União Soviética para uma aliança contra a Alemanha e Hitler manobrou para uma posição de força.

Em 23 de Agosto de 1939, Hitler concluiu uma aliança (o pacto Molotov-Ribbentrop) com Stalin.

Em primeiro de Setembro de 1939, a Alemanha invade a Polônia, no que foi seguida pela União Soviética.

A Inglaterra e a França reagem desta vez, declarando guerra à Alemanha.


A Segunda Guerra Mundial estava começando.

 

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