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Regime Nazi
Após ter assegurado o poder político sem ter ganho o apoio da maioria dos alemães, Hitler tratou de o conseguir e na verdade, Hitler permaneceu fortemente popular até ao fim do seu regime.
Com a sua oratória e com todos os
meios de comunicação alemães sob o controle do seu chefe de
propaganda, o Dr. Joseph Goebbels, ele conseguiu convencer a maioria
dos alemães de que ele era o salvador da Depressão, dos Comunistas,
do tratado de Versalhes, e dos judeus.
Muitos milhares de pessoas
emigraram, incluindo cerca da metade dos Judeus, que fugiram
sobretudo para a Inglaterra, Israel (na época chamada de Palestina,
sob domínio Inglês) e EUA. Hitler apodera-se do seu lugar, fundindo as funções de Presidente e de Chanceler, passando a se auto-intitular de Líder (Führer) da Alemanha e requerendo um juramento de lealdade a cada membro das forças armadas.
Esta fusão dos cargos, aprovada
pelo parlamento poucas horas depois da morte de Hindenburg, foi mais
tarde confirmada pela maioria de 89.9% do eleitorado no plebiscito
de 19 de Agosto de 1934.
Foram sujeitos a uma nova e
violenta onda de propagandas difamatórias. Poucos não-judeus alemães
objetaram estas medidas. As Igrejas Cristãs, elas próprias
impregnadas de séculos de anti-semitismo, permaneceram silenciosas.
Estas restrições foram mais tarde apertadas mais estritamente,
particularmente após a operação anti-semita de 1938 conhecida como
Kristallnacht (Noite dos Cristais).
Os Nazis confiscaram toda a
propriedade que ficara para trás. Nesta altura, sob o controle ditatorial, Hitler deu início a grandes mudanças econômicas. Há uma certa controvérsia sobre os aspectos econômicos do governo de Hitler, pois nem todas as suas medidas foram saudáveis a médio e longo prazo. As políticas econômicas do governo de Brüning, cautelosas e fiscalistas, vinham sanando as finanças e organizando o Estado alemão nesse aspecto.
Hitler, ao contrário, pôs em
prática um largo programa de intervencionismo econômico, baseado no
keynesianismo, embora se distanciasse deste em muitos pontos. Esse número diminuiu para 300.000 em 1939.
Essa diminuição fabulosa, no
entanto, ocorreu por diversos motivos, como alterações estatísticas
e projetos governamentais: Mulheres jovens que se casavam eram excluídas dos cálculos. Ao desempregado eram dadas duas opções: ou trabalhar para o governo sob baixíssimos salários ou permanecer segregado da esfera governamental, longe de todas as suas obrigações, mas também vantagens, como saúde, lazer, etc. As convocações para o exército começaram a se acelerar. Até 1939, 1,4 milhões de alemães haviam sido convocados. Para armar esse contingente, a produção industrial aumentou e a procura por mão-de-obra também. Com a criação da Frente Alemã de Trabalho, dirigida por Robert Ley, que pôs em prática programas governamentais de trabalho que absorveram boa parte da mão-de-obra disponível, ora empregando-a no melhoramento da infra-estrutura do país, ora nas indústrias e na produção bélica. Essas medidas ocorreram à custa de pesadíssimos investimentos por parte do Estado, comprometendo a longo prazo as finanças. O que se viu, em conseqüência disso, foi um déficit crescente. De 1928 até 1939, a arrecadação do Estado havia subido de 10 bilhões de Reichsmarks para 15 bilhões, no entanto os gastos, no mesmo período, subiram de 12 bilhões de Reichsmarks para 30 bilhões.
Em 1939, o déficit acumulado era
de 40 bilhões de Reichsmarks.
A partir de 1936, o dirigismo
econômico passou, gradualmente, a substituir a adaptação automática
da produção pelo mercado, de maneira que a regulamentação econômica
passou a ser maior. Ingleses e Franceses não fizeram nada, o que o encorajou. Em Julho de 1936, a Guerra Civil Espanhola começou, com a rebelião dos militares, liderados pelo General Francisco Franco, contra o governo democraticamente eleito da Frente Popular. Uma rebelião que contou com o apoio do Vaticano. Hitler enviou tropas em apoio de Franco. A Espanha transformou-se também num campo de teste para as novas tecnologias e métodos militares desenvolvidos na Alemanha. Em Abril de 1937, os aviões alemães da Legião Condor bombardeiam e destroem pela primeira vez na história uma cidade a partir do ar. Foi a cidade de Guernica, na província espanhola do País Basco.
Em
25 de Outubro de 1936, Hitler assinou uma aliança com o ditador
italiano fascista Benito Mussolini, o eixo Roma-Berlim. Esta aliança
seria mais tarde expandida para incluir também o Japão, Hungria,
Romênia e Bulgária, bloco que se tornou conhecido como as potências
do eixo. Foi também alegado que a autora de origem judaica Gertrude Stein defendeu nesse ano a entrega do Prêmio Nobel da Paz a Hitler.
Em 10 de Março de 1939, Hitler
ordenou a entrada do exército alemão em Praga. Em 23 de Agosto de 1939, Hitler concluiu uma aliança (o pacto Molotov-Ribbentrop) com Stalin. Em primeiro de Setembro de 1939, a Alemanha invade a Polônia, no que foi seguida pela União Soviética. A Inglaterra e a França reagem desta vez, declarando guerra à Alemanha.
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