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Infância e
Juventude em Linz
Adolf Hitler morava numa pequena localidade perto de Linz, na província da Alta-Áustria, próximo da fronteira alemã, e que à época era parte do Império Austro-Húngaro. O seu pai, Alois Hitler (1837-1903), que nascera como filho ilegítimo, era funcionário da alfândega. Até aos seus quarenta anos, o pai de Hitler, Alois, usou o sobrenome da sua mãe, Schicklgruber. Em 1876, passou a empregar o nome do seu pai adotivo, Johann Georg Hiedler, cujo nome terá sido alterado para "Hitler" por erro de um escrivão, depois de ter feito diligências junto de um sacerdote responsável pelos registros de nascimento para que fosse declarada a paternidade, já depois da morte do seu padrasto.
Adolf Hitler chegou a ser
acusado, depois, por inimigos políticos, de não ser um Hitler mas
sim um Schicklgruber. A própria propaganda dos aliados fez uso desta
acusação ao lançar vários panfletos sobre diversas cidades alemãs
com a frase "Heil Schicklgruber" - ainda que estivesse relacionado,
de fato, aos Hiedler por parte da sua mãe. No total, Klara teve seis filhos de Alois.
No entanto, apenas Adolf, o
quarto, e sua irmã mais nova, Paula, sobreviveram à infância.
Por ser desde cedo boêmio, foi
reprovado por duas vezes no exame de admissão à escola secundária de
Linz. Ali, começou a acalentar idéias pangermânicas, fortalecidas
pelas leituras que o seu professor, Leopold Poetsch, um anti-semita
bastante admirado pelo jovem Hitler, lhe recomendou vivamente. Em "Mein Kampf", Hitler é respeitoso para com a figura de seu pai, mas não deixa de referir discussões irreconciliáveis que teve com ele acerca da sua firme decisão em se tornar artista. De facto, interessou-se por pintura e arquitectura.
O pai opunha-se firmemente a tais
planos, preferindo que o filho fizesse carreira na função pública. Em Dezembro de 1907 morreu Klara, de cancro, o que o teria afetado sensivelmente.
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