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Funcionalismo X Intencionalismo Um tema freqüente nos estudos contemporâneos sobre o Holocausto é a questão de funcionalismo versus intencionalismo. Os intencionalistas acham que o Holocausto foi planeado por Hitler desde o início. Funcionalistas defendem que o Holocausto foi iniciado em 1942 como resultado do flanco da política nazi de deportação e das iminentes perdas militares na Rússia.
Eles dizem que as fantasias de
exterminação delineadas por Hitler em Mein Kampf e outra literatura
nazi eram mera propaganda e não constituíam planos concretos
(curiosamente esta foi também a estratégia da argumentação da defesa
dos nazis perante os julgamentos de Nuremberga). Goldhagen vê na Igreja cristã uma origem desse anti-semitismo. No seu livro A Igreja Católica e o Holocausto – uma análise sobre culpa e expiação, Goldhagen reflete sobre passagens do Novo Testamento claramente anti-semitas.
Numa conferência que fez em
Munique em 2003, Goldhagen colocou a seguinte questão: se em vez de
frases como pelos seus pecados os judeus têm de ser punidos, ou os
judeus desagradam a Deus e são inimigos de todos os homens, Paulo de
Tarso tivesse escrito no Novo Testamento semelhantes frases sobre
outro grupo qualquer, os negros por exemplo, será que não se poderia
dizer que o Novo Testamento é racista?
Alemães casados com judeus que
optaram por se manter com o seu companheiro permaneceram
não-castigados e suas esposas judias sobreviveram.
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