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Sobrevivente do Modernismo
Sexta, 24/10/08
Oscar Niemeyer é um sobrevivente do modernismo, do movimento mais
brilhante da arte do século 20.
Seus irmãos de arte são Picasso, Brancusi, Mondrian, Max Bill… Da
época em que a arte era uma esperança em uma nova humanidade.
Enquanto a arquitetura funcionalista, como a Bauhaus, condenava os
excessos criativos ele não se tocou e continuou projetando, desde
Pampulha e Brasília e pelo mundo todo centenas de monumentos à
felicidade, como música de concreto armado.
A importância estética de Brasília é um símbolo de um futuro que
poderemos ter. Além da política, Niemeyer pensou na história.
Os arquitetos famosos de hoje, como Calatrava, Frank Ghery e outros,
dos museus tortos e dos arranha-céus bêbados, devem muito a sua
invenção.
Como ele disse, em um poema: “Não é o ângulo reto que me atrai, nem
a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. Quero a curva
livre e sensual que encontro nas montanhas do meu país, no curso
sinuoso dos rios, das ondas do mar, no corpo da mulher amada. De
curvas é feito o universo, o universo curvo de Einstein”.
Oscar sabe das coisas… Por isso, aquele grande “M” no sambódromo do
Rio é uma homenagem ao bumbum de uma mulata. |
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