A Versátil apresenta a versão integral em DVD duplo de O Mundo de
Sofia, minissérie baseada no best-seller internacional de
Jostein Gaarder, que vendeu mais de 20 milhões de livros ao
redor do mundo e foi traduzido para mais de 40 idiomas.
Às vésperas de completar 15 anos, Sofia Amundsen recebe
mensagens anônimas com perguntas intrigantes, como “quem é você?”
e “de onde vem o mundo?”.
A partir dessas mensagens, ela se torna aluna do misterioso
Alberto Knox, que a acompanha em uma fascinante jornada pela
história da Filosofia, de Sócrates até os dias de hoje,
passando pela Idade Média, o Iluminismo, a
Revolução Francesa e a Revolução Russa.
Como o livro no qual se baseia, a minissérie O Mundo de Sofia
é uma introdução inteligente e divertida à história da Filosofia,
recomendada a todos que têm paixão pelo conhecimento.
Abaixo, apresento um outro texto
que encontrei pela Internet, é interessante. Perca mais alguns
minutos para refletir sobre a Filosofia.
Entendendo o
Mundo de Sofia
O livro intitulado O Mundo de Sofia é um romance envolvente que, de
forma natural e didática, introduz a História da Filosofia dando
rápidas pinceladas sobre o seu desenrolar no Ocidente. Levanta as
principais questões estudadas pelos pensadores de todos os tempos,
vivo exemplo da inquietude humana e da instintiva busca por
referenciais de conduta: Deus, o Universo, o Homem, a Sociedade e a
História.
Sofia Amudsen, personagem central de O Mundo de Sofia, é uma jovem
estudante que vê a sua vida mudar completamente por conta de cartas
anônimas com as mais diversas questões existenciais: Quem é você? De
onde você vem? Como começou o mundo? Ao escrever de forma nada
erudita, com narrativas em estilo romancista, o escritor Jostein
Gaarder nos conduz ao fantástico mundo da história da filosofia e o
que se apresentava antes como intangível e misterioso se revela
diante de nossos olhos como fascinante e indispensável: a filosofia.
O autor mostra que, no início, era necessário a utilização do
pensamento mitológico para que as pessoas pudessem compreender os
processos naturais a sua volta e, ainda hoje, podemos observar
características desse pensamento, como, por exemplo, algumas
superstições.
Logo após a vitória de Atenas, apareceram os chamados filósofos da
natureza que começaram refletir o mundo. São também conhecidos como
pré-socráticos, e seu principal pensador foi Demócrito, com a sua
teoria do átomo.
Após o desenvolvimento de tais teorias sobre a natureza do mundo,
começaram a aparecer filósofos que se concentraram em descobrir a
natureza do homem, sua relação com o mundo e a melhor forma de bem
viver com este e consigo próprio, dando origem ao pensamento ético e
moral baseado na razão, primórdio para uma feliz e reta vida.
O primeiro grande filósofo grego, mundialmente reconhecido foi
Sócrates. Sócrates preocupou-se em descobrir e depois ensinar as
pessoas que o verdadeiro conhecimento vem de dentro e só este pode
lhe fornecer o discernimento necessário para a vida, sendo este só
possível através do emprego da maior faculdade do Homem: sua razão.
Platão foi o responsável pelo registro do pensamento socrático,
realizado através de seus diálogos, preservando a retórica na
escrita. Suas principais preocupações giravam em torno daquilo que
seria eterno e imutável, a origem de todas as coisas que vemos e
como podemos defini-las quando as observamos. Da academia de Platão
surgiu o terceiro e último grande filósofo da Antigüidade:
Aristóteles. Grande cientista, pesquisador de várias áreas do saber,
não só o da filosofia, foi um dos fundadores da pesquisa empírica e
da noção de classificação natural de espécie, sendo seus moldes a
base do desenvolvimento e separação das ciências como as conhecemos
ainda hoje.
Já na época de Aristóteles o império grego começara a se desfazer
ante o avanço do império macedônio de Alexandre Magno.
Filosoficamente, várias ramificações do pensamento socrático e
platônico ocuparam seu devido espaço na procura de uma concepção
humana de vida.
Havia, já no período do Império Romano, que sucedeu o macedônio,
dois círculos culturais distintos, o indo-europeu e o semita. Nesta
situação de encontro entre tais correntes aparece aquele que foi
profetizado pelo povo israelita, o filho de Deus, Jesus de Nazaré.
Por sua filosofia também foi morto, como Sócrates. Após sua morte e
notícias de sua ressurreição, o apóstolo Paulo disseminou sua
filosofia e as revelações bíblicas, formando, em pouco tempo,
comunidades cristãs por toda a Europa.
Nesse período histórico conturbado e evolutivamente estagnado a
Igreja Católica firmou seu poderio moral-ético-religioso. Desta
doutrina, portanto, surgiram os principais filósofos da Idade Média.
Esta filosofia católica foi uma forma de unir a base indo-européia
grega, de Platão e Aristóteles, a teologia do Velho e Novo
Testamento. O primeiro a conseguir eficiência em sua tarefa foi
Santo Agostinho. Este monge procurou conciliar a teologia cristã ao
neoplatonismo. Outro importante filósofo foi Tomás de Aquino,
responsável pela conciliação das teorias de Aristóteles com os
ensinamentos e cultura bíblicas.
O Renascimento foi a realização de uma retomada do humanismo grego,
sendo, entretanto, uma de suas principais características o
individualismo. Isso ocorreu devido a mudança da concepção da
natureza da vida humana e a própria visão deste do mundo e de si
mesmo: começou-se a medir o mundo através dos conhecimentos e da
experiência real do ser.
A partir desta nova visão de mundo, pouco tempo depois surgiram
teorias e formas de se viver opostas irreconciliáveis. O século XVII
é conhecido como período Barroco, pois as formas não são mais
suaves, e sim, opulentas e agressivas, cheias de contrastes, o que
exteriorizava as tensões do consciente mundial da época.
Em virtude destes acontecimentos nasce René Descartes, responsável
pela reunião do pensamento contemporâneo num único e coerente
sistema filosófico. Dentre as várias teorias desenvolvidas deve-se
destacar além de Descartes, Spinoza, segundo o qual "...Deus não é
um manipulador de fantoches...".
O otimismo cultural era reinante nesta época, pois todos acreditavam
que seria uma questão de tempo para que a irracionalidade não mais
desempenha-se uma força tão vital em relação ao Homem, ao mesmo
tempo que buscavam uma religião natural − esta religião estaria em
contato com a estrutura natural do ser.
A última grande época de desenvolvimento humano, que veio logo após
o Iluminismo, foi o Romantismo, já que depois apareceram novas
teorias e concepções de mundo em campos distintos do conhecimento:
Marx na economia, Darwin na biologia, Freud na psicologia.
Dentre os filósofos românticos o de maior destaque foi Hegel.
Contribui para a concepção de que existem verdades maiores que a
razão humana e a filosofia, portanto, não poderia ser desvinculada
da época a qual se desenvolveu, tendo então, todo pensamento, um
contexto histórico. Desenvolveu a teoria de tese, antítese e
síntese, provando sua teoria do dinamismo da razão humana.
No mesmo tempo em que de desenvolvia o pensamento de Marx, crescia
na Europa uma corrente científica conhecida com Naturalismo, tendo
como seu principal representante a figura de Charles Darwin. Darwin
propôs a teoria da Evolução das Espécies.
Por fim, destacamos como última grande teoria mundial a do Big Bang.
Através desta, os astrônomos explicam que a atual expansão do
universo deveu-se a uma grande explosão ocorrida em seu centro.
Mas, correlacionando-se tais dados com a eterna pergunta "de onde
nós viemos?", pode-se fazer um paralelo com as teorias mais antigas,
do dia e noite de Brahma no hinduísmo, ou o faça-se a Luz da Bíblia,
ou a explosão do centro do Universo, no Big Bang? As idéias humanas
giram ciclicamente em torno das mesmas perguntas, mas as respostas,
com o passar das eras, são cada vez mais sutis, análogas e
abrangentes.
A partir desse breve entendimento sobre a obra "O Mundo de Sofia",
espero ter contribuído para que meus leitores interessem-se em ler a
obra em toda a sua íntegra. Vale a pena!