Documentário Canadense de 2002, que apresenta o Poder das
Corporações, mais forte que o Poder Político.
Através de seus Lobbies junto aos Governos e suas
Ferramentas de Merchandising, Marketing,
Branding, etc... Elas definem Tendências de Consumo de
Produtos Eletrônicos, Vestuário, Alimentos,
Entretenimento, Medicamentos, etc.
Corporações Farmacêuticas influenciam e até definem o que
será e o que não será ensinado nos Currículos Universitários de
Medicina, Farmácia e outras Áreas de Saúde, para
defender seus Interesses Mercantilistas de Vendas de
Inúmeros Medicamentos Nocivos.
"A Corporação" ataca questões Éticas de Grandes Empresas. Por Richard James Havis
20/04/2005
Os ataques às práticas éticas e sociais das grandes empresas que
compõem o documentário "A Corporação" não serão novidade para
a maioria dos liberais bem informados.
Mas a pesquisa bem feita, a apresentação clara e a correlação
precisa com os escândalos recentes envolvendo grandes empresas
norte-americanas devem incentivar os espectadores bem menos
informados a refletir mais profundamente sobre o papel das
Grandes Firmas no Mundo.
Se tivesse sido exibido alguns anos atrás, "A Corporação"
provavelmente tivesse passado desapercebido. Mas o destaque ganho
por "Fahrenheit 11 de Setembro" e os escândalos envolvendo
empresas norte-americanas devem despertar o interesse do público. O
fato de Michael Moore aparecer no filme, como entrevistado, é
uma atração adicional.
A produção canadense é dirigida por Mark Achbar ("Manufacturing
Consent: Noam Chomsky and the Media") e Jennifer Abbot a
partir de um livro de Joel Bakan.
O documentário começa com um breve histórico legal das grandes
empresas. De acordo com a Lei, as firmas têm os mesmos
direitos que os indivíduos: podem processar, ser processadas, etc.
Mas o foco do filme está em mostrar que existe uma grande diferença
entre o indivíduos e a Corporação. Espera-se dos indivíduos
que demonstrem Responsabilidade Ética e Social. Já a
corporação tem, por lei, apenas uma responsabilidade: garantir a
seus acionistas o maior lucro possível.
O longa-metragem afirma que esta é uma abordagem unidimensional que
conduz à Exploração da Força do Trabalho, à Devastação do
Meio Ambiente, a Fraudes Contábeis e Várias Outras
Coisas do Gênero.
WTC E O OURO
Para comprovar seu argumento, os cineastas entrevistam cerca de
40 Pessoas, incluindo Noam Chomsky, Milton Friedman,
Mark Moody-Smith (Ex-Presidente da Royal Dutch Shell)
e os jornalistas Jane Akre e Steve Wilson,
Ex-Funcionários da Fox News.
Os temas variam desde Fábricas de Fundo de Quintal no Terceiro
Mundo até a destruição do meio ambiente, passando pela
Patenteação do DNA.
Uma parte perturbadora do filme mostra um negociador de commodities,
Carlton Brown, dizendo que, ao assistir ao ataque terrorista
contra o World Trade Center, os Dealers de Ouro
acharam que a tragédia teria um Aspecto Positivo, na medida
em que Faria o Preço do Ouro Subir.
Os cineastas deram a executivos-chefes como Mooy-Smith a
oportunidade de apresentar argumentos em favor da
Responsabilidade Empresarial.
O que Moody-Smith quer mostrar é que existem alguns líderes
bons nas grandes empresas, capazes de conduzi-las num rumo
Positivo.
Os diretores respondem que esses poucos bons líderes não serão
capazes de impor uma responsabilidade ética a uma máquina construída
com o objetivo Único de Auferir Lucros.
Um raio de esperança é lançado por Ray Anderson,
executivo-chefe da Interface, a maior fabricantes mundial de
tapetes. Anderson se conscientizou da questão ambiental e
reestruturou um terço de sua empresa, que vale 1,4 bilhão de
dólares, com base em Princípios Ecologicamente Sustentáveis.
"A Corporação" não é um trabalho de ativismo global que
defenda a derrubada do capitalismo. Uma seção final do filme analisa
como o poder das grandes empresas pode ser reduzido por meios legais
e sociais.
Alguns trechos do filme, como um em que Michael Moore, antes
do lançamento de "Fahrenheit", comenta por que a Disney
lança filmes de um inimigo declarado das grandes empresas, como
ele, estão datados, e o filme fala muito pouco da Worldcom ou
da Enron.
Mesmo assim, será muito bem-vindo pela parte do público cujas
preferências políticas se situam à Esquerda do Centro.